Pesquisar este blog

sábado, 1 de dezembro de 2012

NATAL 2012

 O 4º ANO ´PRODUZ CARTÕES DE NATAL USANDO GIZ DE CERA E NAKIN


sábado, 27 de outubro de 2012

PARABÉNS PROFESSORES PELO SEU DIA!


Grecia Antiga Maquete


CARTA À PRESIDENTA DILMA



Os alunos do 4º ano juntamente com sua professora Tania Silveira,  apartir de um diálogo emsala de aula tiveram uma idéia: escrever uma carta à nossa presidenta Dilma Rousseff espondo  suas idéias e dando sugestões sobre a educação no Brasil.






 E para surpresa de todos, em menos de uma semana veio a resposta, a alegria e satisfação foi geral, confira abaixo:





REPúBLICA


terça-feira, 2 de outubro de 2012

A ESCOLA ALEXANDRINO ESTÁ DE ANIVERSÁRIO


terça-feira, 2 de outubro de 2012

ANIVERSÁRIO DA ESCOLA ALEXANDRINO

Nossa Escola completa 70 anos de existência!


 

 

 

Vamos homenageá-la

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

VÍDEO REVOLUÇÃO FARROUPILHA- DESENHOS.




Trabalho desenvolvido pela professora leonalda
A ORIGEM DO GAÚCHO
 NOSSAS PESQUISAS NA NET

O gaúcho é o nome dado aos nascidos no Rio Grande do Sul, ao tipo característico da campanha, ao homem que vive no campo, na região dos pampas. Até a metade do século XIX, o termo gaúcho era usado de forma pejorativa, sendo dirigido aos aventureiros, ladrões de gado e malfeitores que viviam nos campos.
Resultado da miscigenação entre o índio, o espanhol e o português, o gaúcho, por viver no campo cuidando do gado, adquiriu habilidades de cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira, aspectos que perfazem a tradição gaúcha. Sem patrão e sem lei, o gaúcho foi, inicialmente, nômade. Com o passar dos tempos, a partir do estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, foram alterados os seus costumes, tanto no trajar quanto na alimentação. Mais tarde, já integrado à sociedade rural como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias.
Atuando como instrumento de fixação portuguesa no Brasil Meridional, o gaúcho contribuiu para a defesa das fronteiras com as Regiões Platinas, participando ativamente da vida política do país. A partir disso, o reconhecimento de sua habilidade campeira e de sua bravura na guerra fizeram com que o termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa. Após a Revolução Farroupilha, o gaúcho passou a ser considerado sinônimo de homem digno, bravo, destemido e patriota.
O gaúcho é definido pela literatura como um indivíduo altivo, irreverente e guerreiro. Às suas raízes, somaram-se as culturas negra, alemã e italiana, e de tantos outros povos que vieram construir, no Rio Grande do Sul, uma vida melhor.
O povo gaúcho valoriza muito sua história e costuma exaltar a coragem e a bravura de seus antepassados, expressando, por meio de suas tradições, seu apego à terra e seu amor à liberdade.



CHIMARRÃO

O Chimarrão, legado da cultura indígena Guarani, constituiu-se na bebida típica do Rio Grande do Sul. Também conhecido como mate amargo, o chimarrão é o símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. Preparado em uma cuia e sorvido por meio de uma bomba, a bebida resulta da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas.


CULINÁRIA GAÚCHA

O churrasco é o prato típico do gaúcho, presente nos finais de semana e em dias festivos. O arroz "carreteiro" também compõe a tradicional cozinha gaúcha. Outros pratos, como o feijão mexido (feijão misturado com farinha de mandioca), o quibebe (purê de moranga), a "roupa velha" (sobras de carne com ovos mexidos), o "espinhaço de ovelha", o charque com madioca, a paçoca de pinhão com carne assado, a couve refogada, o arroz com galinha, o "puchero" (cozido de carne com legumes) fazem parte da culinária rio-grandense.


VESTUÁRIO

Nos primórdios da história do Rio Grande do Sul, o gaúcho não dispunha de domicílio definido, era caçador, coureador, um índio ou mestiço que andava de estância em estância, desempenhando serviços executados a cavalo, o que transparecia no seu modo de vestir. Neste período, surgiram duas classes sociais distintas, de acordo com as condições sócio-econômicas da época: o estancieiro, de condições financeiras favoráveis e que vestia um traje de origem européia chamado BRAGAS; e o peão, domador de gado que adotou, como proteção para o trabalho, a utilização de dois palas - um enfiado na cabeça e outro enrolado na cintura, tipo saia, conhecido como CHIRIPÁ PRIMITIVO.
Num segundo momento da história do Rio Grande do Sul, o estancieiro, ou charqueador, tornou-se um homem ocupado com o comércio de couros e outros produtos derivados do gado. Ele também vestia-se à moda européia, usando o traje conhecido como do CHARQUEADOR, composto por botas russilhonas ou "granaderas" levantadas, e calças por dentro das botas, tendo estas um recorte triangular na braguilha. O peão, que passou a ser mais procurado e sua destreza na lide campeira, vestia dois palas, um enrolado por entre as pernas e outro enfiado ao pescoço, usando o conhecido CHIRIPÁ FARROUPILHA.
A terceira época da história econômica do Rio Grande do Sul é marcada por transformações que alteraram a vida do gaúcho no campo. O peão tornou-se o empregado rural, enquanto o fazendeiro aprimorava suas habilidades empresariais. Novas técnicas, nacionais e internacionais foram adaptadas visando o desenvolvimento dos negócios agropecuários no Rio Grande. O gaúcho deste período caracteriza-se pelo uso da BOMBACHA, indumentária confortável e livre, bem de acordo com os seus hábitos campeiros.




SÍMBOLOS RIO-GRANDENSES

A Bandeira
O formato da bandeira gaúcha, como a conhecemos hoje, surgiu durante a campanha republicana no Brasil, na Segunda metade do século XIX, quando jovens políticos como Júlio de Castilhos, no intuito de derrubar a monarquia de D. Pedro II, foram buscar no passado gaúcho símbolos republicanos, da época em que o Rio Grande do Sul fora República, durante a Guerra dos Farrapos. Naquele período, os farroupilhas, ao proclamarem a república rio-grandense, adotaram como bandeira um pavilhão quadrado onde as duas cores brasileiras- o verde e o amarelo- separadas pelo vermelho da guerra. Na mesma época, os farrapos mandaram confeccionar no estrangeiro lenços de seda em cujo desenho aparece a influência da maçonaria.
Surgiu, assim, a bandeira, com o brasão tirado do lenço já impresso. Basicamente, essa é a bandeira do Estado do Rio Grande do Sul tal qual como a conhecemos hoje.



O Hino
O hino é o que se compõe da revisão da música de Joaquim José de Mendanha, realizada por Antônio Tavares Corte real, com versos de Francisco Pinto da Fontoura, de forma abreviada consagrada pelo uso popular: a primeira e a última estrofe do poema original, com o estribilho.

HINO RIO-GRANDENSE

Letra: Francisco Pinto da Fontoura
Música: Joaquim José de Mendanha

Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o vinte de setembro
o precursor da liberdade.

(Estribilho)
Mostremos valor, constância
nesta ímpia e injusta guerra;
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda a terra.

Mas não basta p'ra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo;
povo que não tem virtude,
acaba por ser escravo.


O Brasão
O brasão rio-grandense remonta a época dos farrapos. Segundo pesquisadores, a sua origem exata é desconhecida. Porém, acredita-se que foi desenhado originalmente pelo padre Hildebrando, recebendo a arte final do Major Bernardo Pires, que pertencia à Maçonaria, o que o influenciou na execução da obra. Ambos foram farroupilhas, com serviços relevantes à causa.
(Fonte de Pesquisa: Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. Para maiores informações, visite o site www.igtf.rs.gov.br)





DESENHOS DO 5º ANO:

  

O que foi a Revolução Farroupilha?

Compartilhe
Cena da minissérie
Cena da minissérie "A Casa dasSete Mulheres", da Rede Globo.A história mostra a Revolução Farroupilha. Foto: divulgação
A Revolução Farroupilha passou para a história como uma das revoltas por liberdade no Brasil da época do Império, no século 19. Segundo os livros tradicionais, o movimento começou em protesto aos impostos altos cobrados no charque, no sal e em outros produtos da região Sul, e queria a independência em relação ao governo central. 
O historiador Moacyr Flores, autor de diversos livros sobre a Revolta, frutos de suas pesquisas de mestrado e doutorado, contesta essa versão. Ele considera a Revolução Farroupilha como uma guerra civil, já que colocou os rio-grandenses uns contra os outros. "Foi uma guerra iniciada pelos grandes proprietários rurais, chamados estancieiros. O Império, que já cobrava impostos das propriedades urbanas, decidiu cobrar impostos sobre as propriedades da zona rural", explica.
Segundo o professor, a população de Porto Alegre foi a favor da cobrança na zona rural, pois pequenos proprietários da capital eram taxados. "Por que não os grandes estancieiros?", questiona o pesquisador.
Por esse motivo, os farroupilhas, liderados por Bento Gonçalves, tomaram o poder em Porto Alegre, no dia 20 de setembro de 1835, expulsando de lá o presidente da província e empossando o vice. Para o historiador, aí começa um período inédito nas revoltas brasileiras, já que pela primeira vez os "rebeldes" conseguem implantar uma República. O governo apoiado por Bento Gonçalves teve seis ministérios, serviço de correio, tratados com outros países (o Uruguai foi um deles) e uma polícia própria. "Não houve, no entanto, aplicação de ideias liberais, ou tentativa de qualquer mudança social. Esse governo se caracterizou como uma ditadura, reprimindo duramente qualquer opinião contrária", diz.
Outro engano, segundo ele, é achar que os negros lutaram pelos farroupilhas em favor da conquista de sua liberdade. "Não houve negros do lado dos estancieiros, pois estes não colocaram seus escravos para batalhar, sempre os mantiveram em trabalho nas fazendas. Os negros que participaram estavam do lado do Império e eram da chamada Infantaria Negra", afirma. Mesmo o nome "farroupilha", não seria derivado de "farrapos", referente ao estado desgastado dos revolucionários. "Farroupilha é o nome do partido dos liberais exaltados, fundado em 1832", esclarece.
A Revolta terminou em 1845 por um tratado de paz estabelecido entre os revolucionários e Duque de Caxias. Parte do "fracasso" da república farroupilha deveu-se à sua não aceitação por parte da população do Rio Grande do Sul. "Porto Alegre já era uma cidade comercial, então é claro que ninguém apoiava uma guerra, pois sempre há pilhagens e muito prejuízo para todos", explica o professor.
A visão romântica da história dos farrapos foi estabelecida, segundo o pesquisador, em 1947, com a criação dos Centros de Tradição Gaúcha (CTG). Após a Segunda Guerra Mundial, iniciou-se no Rio Grande do Sul um movimento de valorização da terra e origens que culminou com a abertura desses locais. "Houve então uma apropriação do gauchismo como símbolo de identidade, modificando a interpretação de toda essa história, colocando os revoltosos como heróis", conta. É, conforme diz o professor, "a invenção das tradições", citando o título do livro do historiador Eric Hobsbawn.


FOTOS DO DESFILE DE 20 DE SETEMBRO




E

ENTRERVISTANDO AS PESSOAS DA COMUNIDADE
Claúdia
O gaúcho tem características próprias em seus costumes, principalmente nas danças, pratos típicos e brincadeiras.
Pratos típicos mais comuns são: Carreteiro, feijoada, galinhada, lentilha.
Danças mais populares: Pezinho,caranguejo e massanico.
PESQUISANDO NA INTERNET
Palavras comuns em nosso vocabulário gaúcho
A -
A meia guampa, Meio bêbado
Alçar a perna, expr. Montar a cavalo.
Andarengo, s. e adj. Caminhador, andador, andejo; pessoa que viaja constantemente a cavalo.
Aprochegar, v. Aproximar-se, chegar perto.
- B -
Bagual, 1. Cavalo arisco, selvagem. 2. Fig. Pessoa grosseira, pouco sociável, rude.
Baguala, s. e adj. Feminino de bagual. Bonito, vistoso, muito grande. // Equino selvagem, isto é, ainda não domado. Cavalo novo e arisco. Potro domado recentemente. Cavalo manso que se tornou selvagem. Reprodutor, pastor, animal não castrado. // Aplica-se também a pessoas, tanto no sentido pejorativo como elevado.
Balaio, 1. Cesto. 2. Dança antiga introduzida no RS pelos Açorianos.
Bem querer, a pessoa amada.
Bochincho, 1. Baile popular. 2. Desordem, briga, bagunça.
Boi Barroso, Bovino com pêlo branco-amarelado.
Boiguaçu, s. Cobra grande. (Do Tupi).
Bolear-se, v. Jogar-se ao solo o cavalo com o cavaleiro, com os arreios, ou mesmo desencilhado.
Bolicho, s. Casa de negócio de pequeno sortimento e de pouca importância. Bodega. Taberninha. 
- C -
Caborteiro, s. e adj. Cavalo ou outro animal, manhoso, arisco, infiel, velhaqueador, que não se deixa pegar. // Indivíduo velhaco, esperto, manhoso, mau, mentiroso, trapaceiro, tratante, que vive de expedientes. // Var.: Cavorteiro.
Cabrestear, v. Andar o animal cavalar ou muar conduzido pelo cabresto, sem resistir. Obedecer, o vacum, ou qualquer animal, facilmente, à tração do laço ou de qualquer corda. // Permitir o indivíduo que outro o conduza, sem nenhuma resistência.
Campanha, s. Zona de campo, apropriada à criação de gado. Local distanciado da cidade; interior. // Parte baixa do Estado.
Campo Santo, Cemitério.
Cancela, s. Porta gradeada, em geral de madeira e de pequena altura, porteira.
Cancha, s. Lugar plano, com várias léguas de comprimento por algumas braças de largura, com duas trilhas, preparado especialmente para corridas de cavalos; lugar apropriado para jogar a péla; lugar apropriado ao jogo da tava ou jogo do osso.
Candeeiro, s. Pequena lâmpada de folha, para alumiar, afunilada, abastecida com querosene ou óleo vegetal, antigamente muito usada na campanha. Lamparina. O mesmo que candieiro ou candiero.
Canga, Peça de madeira da carreta ou do arado que prende o boi pelo pescoço.
Capivara, (ou Capincho) Do tupi "comedor de capim". O maior dos roedores, podendo pesar mais de 50 quilos.
Carona, s. Peça dos arreios, constituída de uma sola ou couro, de forma retangular, geralmente composta de duas partes iguais cosidas entre si, em um dos lados, a qual é colocada por cima do baixeiro ou xergão, e por baixo do lombilho, e cujas abas são mais compridas que as deste.
Carpeta, s. Jogo, jogatina; casa onde se joga; a mesa de jogo; pano que cobre a mesa de jogo.
Carreira, s. Corrida de cavalos, em cancha reta. Quando participam da carreira mais de dois parelheiros, esta toma o nome de penca ou califórnia.
Carreta, Carroça de 2 rodas, tosca e pesada, puxada por juntas de bois.
Carro de Boi, Carreta.
Cartear, v. Jogar, dar as cartas no jogo.
Castelhano, s. O natural do Uruguai ou da Argentina. // adj. Relativo ao Uruguai ou à Argentina.
Catre, s. Cama rústica. // Espécie de jangada ou balsa, preparada com madeira destinada ao uso das populações da beira do Uruguai e do Ibicuí, descidas no tempo das enchentes.
Causo, s. Caso, conto, acontecimento, história, narrativa.
Cerro, s. Elevação, monte, morro.
Chapadão, s. Chapada muito extensa.
Chapéu de Vaca, Fig. Chifres, cornos. Um par de guampas.
Chilena, s. Espora com roseta muito grande.
Chimarrita, s. Denominação de uma antiga dança popular e de uma poesia cantada com acompanhamento de viola ou violão. É denominada também chamarrita. Prace provir dos Açores, onde existe, segundo o Sr. Josino dos Santos Lima, a sua ascendente com o nome de Chama a Rita.
Chimarrão, Bebida quente e amarga, típica do gaúcho. Infusão de erva mate (Ilex Paraguayensis) preparada em cuia de porongo e sorvida através da bomba (tubo metálico com um ralo na extremidade inferior).
China, s. Descendente ou mulher de índio, ou pessoa do sexo feminino que apresenta alguns dos característicos étnicos das mulheres indígenas. // Cabocla, mulher morena. // Mulher de vida fácil. // (Parece provir do quíchua, xina, que significa aia).
Chinoca, Diminutivo de china (mulher descendente de indios, morena, cabocla).
Chote, Ritmo e dança de origem européia muito comum nos fandangos gaúchos.
Churrasco, Carne assada no calor da brasa.
Clavada, s. O fato de, quando se atira o osso, no jogo desse nome, cair ele de ponta e, depois, lentamente, deitar-se dando a "sorte". Ato de clavar. // Logro, velhacada.
Colorado, Torcedor do Sport Club Internacional.
Cordeona, s. Gaita de foles, sanfona, acordeona, acordeom. Var.: Cordiona.
Coronilha, s. Árvore (Scutia Buxifolia, Reiss) cuja madeira é muito resistente. // Em sentido figurado, indivíduo forte, guapo, disposto, resistente, valente.
Corredor, s. Estrada que atravessa campos de criação, deles separada por cercas em ambos os lados.
Coxilhão, s. Coxilha muito extensa.
Coxilhas, s. Grandes extensões onduladas de campinas cobertas de pastagem, que constituem a maior parte do território rio-grandense e onde se desenvolve a atividade pastoril dos gaúchos.
Cruzada, s. Encruzilhada, cruzamento, encruzada, ato de cruzar. //Passagem, travessia.
 
Colorado, Torcedor do Sport Club Internacional.
Coxilhas, Grandes extensões onduladas de campinas, típicas da planície sul-riograndense, cobertas de pastagem onde se desenvolve a pecuária. 
- D -
De relancina, loc. adv. Repentinamente, de relance, fugazmente, ligeiramente, velozmente, num repente.De valde, expr. Sem uma razão específica. // O mesmo que de balde.
- E -
Eh-cuê, interj. Exprime admiração, espanto. O mesmo que cuê-pucha, cuê, cuê-puna, epucha.
Embretar-se, Fig. Meter-se em apuros.
Entrevero, s. Mistura, desordem, confusão de pessoas, animais ou objetos. // Recontro em que as tropas combatentes, no ardor da luta, se misturam em desordem, brigando individualmente, corpo a corpo, sem mais obedecer a comando, usando predominantemente a arma branca. O entrevero é uma luta de extermínio, onde o sangue corre com abundância e os mortos e feridos são inumeráveis, pois, em geral, cada participante briga com fúria e decisão, preferindo morrer a recuar ou entregar-se.
Estância, s. Estabelecimento rural destinado à criação de gado, constituído de grande extensão de campo dividido por cercas de arame, em diversas invernadas, casa de residência do proprietário, casas de empregados, currais, mangueiras, galpões, lavouras, banheiro carrapaticida e outras instalações. Fazenda de criação. Fazenda.
Encilhar, Colocar os arreios no animal. Apertar com a cilha. 
- F -
Fandango, s. Denominação genérica de antigos bailes campestres, constituidos de danças sapateadas, executadas alternadamente com canções populares, com acompanhamento de viola. Entre essas danças estão as seguintes: anu, balaio, bambaquerê, benzinho-amor, cará, candieiro, cerra-baile, chimarrita, chará, chico-puxado, chico-da-ronda, feliz-amor, feliz-meu-bem, galinha-morta, joão-fernandes, maia-canha, pagará, pega-fogo, recortada, retorcida, sarrabalho, serrana, tatu, tirana. Trata-se de danças portuguesas, alegres e ruidosas, trazidas pelos reinóis ou açorianos, as quais se arraigaram aqui no Rio Grande, tomando feições características do nosso meio. Hoje essas danças estão quase abandonadas nos bailes populares, sendo praticadas, porém, nos centros de culto às tradições gauchescas, que existem em grande número em todo o território do Estado. Atualmente o termo fandango serve para designar qualquer baile ou divertimento.
Farrapo, s. e adj. Alcunha deprimente que os imperiais davam aos revolucionários de 1835. O apelido aviltante, alusivo à miséria em que se encontravam os farrapos, transformou-se, porém, em vista do civismo e da bravura que sempre demonstraram, em legenda de glória e heroísmo de que se orgulham todos os seus descendentes. // Relativo aos farrapos.
Fazer cosca, Fazer cócegas.
Flexilha, s. Ou flechilha. Grama ou capim muito comum em várias zonas do Estado do Rio Grande do Sul (Stipa neesiana). É de superior qualidade para a criação de gado.
Fraldão, s. O sopé da coxilha.
- G -
Galego, s. Alcunha que os farrapos davam aos legalistas. O mesmo que absolutista, camelo, caramuru, restaurador corcunda.
Galpão, Construção rústica, geralmente coberta de Santa-Fé, com chão de terra batida ou madeira bruta. Serve de abrigo e aconchego à peonada da estância. É nele que nas horas de folga, ao redor do fogo de chão, acontecem churrascos e rodas de chimarrão, com muita música e gente contando causos.
Gauchada, Grande quantidade de gaúchos.
Gauchesco, adj. Relativo ao gaúcho.
Gaúcho, 1. Habitante do Rio Grande do Sul. 2. O homem do interior do estado, dedicado às lides campeiras.
Gauderiar, v. Vagabundear, andar errante, de casa em casa, sem ocupação séria, vivendo às expensas de outrem. Gandular, filar. Vagamundear. Viver sem eira nem beira. Tornar-se gaudério.
Gaudério, s. e adj. Pessoa que não tem ocupação séria e vive à custa dos outros, andando de casa em casa. Denominação dada ao antigo gaúcho, em sentido depreciativo. // Índio-vago, andarengo. // Pessoa que viaja muito. Gaúcho.
Graxaim, (Canis azaraé) É uma variedade de raposa. Pequeno animal do campo semelhante a um cão. Também chamado de guaraxaim, sorro ou zorro.
Grossura, Ato ou expressão grosseira.
Guacho, s. e adj. Animal ou pessoa criado sem mãe ou sem leite materno.
Guaiaca, s. Cinto largo de couro macio, às vezes de couro de lontra ou de camurça, ordinariamente enfeitado com bordados ou com moedas de prata ou de ouro, que serve para o porte de armas e para guardar dinheiro e pequenos objetos.
Guaíba, Rio que banha Porto Alegre. Há uma grande discussão a respeito de sua verdadeira classificação: rio, lagoa, estuário, delta, etc.
Guasquear, v. Dar com guasca (tira de couro cru) num animal. Castigar uma pessoa. Guasquear no chão: cair, tombar.
- H -
Habanera, s. Dança de origem afro-cubana, difundida na Espanha, e cuja forma rítmica influenciou o maxixe, o tango e a música popular de quase todos os países hispano-americanos. É em compasso binário, com o primeiro tempo fortemente acentuado, e consiste, em geral, numa curta introdução, seguida de duas partes de oito compassos cada uma, com modulação do tom menor para maior. // Canção que acompanha essa dança.
Haragano, 1. Cavalo arisco, que dificilmente se deixa agarrar. 2. Fig. Pessoa que vive vadiando, sem ocupação.
- I -
Índio, s. Homem do campo. Peão de estância. Indivíduo valente, bravo, disposto, destemido, valoroso.
Invernada, 1. Inverno rigoroso. 2. Grande extensão de campo cercado usado para criar, engordar, cruzar, etc. 
- J -
Jacutinga, Ave galiforme da família dos cracídeos.
João-Barreiro, s. Ave da família dos Dendrocolaptídeos (Furnarius rufus Gm.), muito comum no Rio Grande do Sul, também chamada de joão-de-barro, barreiro, forneiro, horneiro.
Jogo do osso, s. Jogo muito usado na fronteira, principalmente pela baixa camada social. Consiste no arremesso de um osso de garrão de vacum, chamado tava ou taba, sobre uma cancha plana, de chão nem muito duro nem muito mole. Se o osso com o lado arredondado para baixo é culo e perde quem o arremessou. Se fica para baixo o lado chato do osso é suerte e ganha quem efetuou o lançamento. Se ficar equilibrado sobre uma das extremidades, ocorre uma clavada. Ao lado da raia fica o depositário da parada, chamado coimeiro.
Jujos, s. Ervas, em geral medicinais, que se usam em chás caseiros.
- L -
Lá de fora, Lá do campo.
Laço, s. Corda trançada de tiras de couro cru, de comprimento que varia entre oito e dezoito braças, ou seja, de dezessete a quarenta metros; é constituido de argola, ilhapa, corpo do laço e presilha.
Lau Sus Cri, expr. Laus’ Sus-Chris’, corruptela de "louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo".Libres, s. Cidade do Uruguai que faz fronteira com Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
Lindeiro, s. Ao lado de, vizinho.
Lombilho, Peça principal dos arreios. Espécie de sela. 
- M -

Malacara, Animal de testa branca com uma listra da mesma cor descendo até o focinho.
Maleva, s. e adj. Bandido, malfeitor, malfazejo, desalmado, perverso, desapiedado, malévolo, mau, genioso, velhaco, cruel, de maus instintos. //Cavalo infiel que por qualquer coisa corcoveia. // O mesmo que malevo e malebra.
Mamona, s. e adj. Diz-se de ou a terneira de sobreano que ainda mama.
Manantial, s. Sumidouro, tremedal, paul, pântano. // Nascente, vertente. // Var.: Manancial.Mangueira, s. Grande curral construído de pedra ou de madeira, junto à casa da estância, destinado a encerrar o gado para marcação, castração, cura de bicheiras, aparte e outros trabalhos.
Manotaço, s. Pancada que o animal cavalar ou muar dá com uma das patas dianteiras ou com ambas. // Bofetada, pancada com a mão, dada por pessoa. // Em sentido figurado, desfeita, afronta.
Matungona, adj. Ordinária, comum, velha, feiosa, ridícula.
Milonga, s. Espécie de música crioula platina cantada com acompanhamento de guitarra (violão).
Minuano, s. Vento frio e seco que sopra do sudoeste no inverno. Vem dos Andes, passando pela região onde habitavam os índios minuanos dos quais tomou o nome. // Indígena dos minuanos, tribo que antigamente habitava o sudoeste do Rio Grande do Sul; relativo aos minuanos.
Missioneiro, s. e adj. Indígena das antigas missões jesuíticas. // Habitante da região Missioneira do Estado. // Relativo às missões.
Mundeo, s. O mesmo que mundéu, armadilha para apanhar caça. // Traição.
- N -
Negrinho do Pastoreio, Lenda gaúcha que conta a história dos maus tratos sofridos por um menino escravo que acabou se transformando numa espécie de anjo bom dos pampas. Diz a lenda que acendendo uma vela ao Negrinho, ele nos ajuda a encontrar o que procuramos. 
- O -
Oigalê!, interj. Exprime admiração, espanto, alegria.
Olada, s. Ocasião, oportunidade, sorte, potra, momento propício que deve ser aproveitado para se conseguir algo. Estar de olada significa estar com sorte, sobretudo no jogo.
- P -
Pago, s. Lugar em que se nasceu, o lar, o rincão, a querência; o povoado, o município em que se nasceu ou onde se reside. Geralmente usa-se no plural.
Pala, s. Poncho leve, feito em geral de brim, vicunha ou seda, de feitio quadrilátero, com as extremidades franjadas. Usa-se enfiado em torno do pescoço, como cachecol. (Etim.: Provavelmente vem do castelhano palio, capa, que por sua vez vem do latim pallium).
Palanque, s. Esteio grosso e forte cravado no chão, com mais de dois metros de altura e trinta centímetros aproximadamente de diâmetro, localizado na mangueira ou curral, no qual se atam os animais, para doma, cura de bicheiras ou outros serviços. // Moirão.
Pampa, s. Denominação dada às vastas planícies do Rio Grande do Sul e dos países do Prata, cobertas de excelentes pastagens, que servem para criação de gado, principalmente bovino, cavalar e lanígero. Apesar de haver sido usado algumas vezes no feminino, o termo, é considerado do gênero masculino pela maioria dos estudiosos da matéria. // Nome dado aos antigos índios que habitavam o pampa. (É palavra da língua quíchua: pampa, campo aberto, planura, savana).
Pangaré, 1. Cavalo cujo pêlo é de um tom vermelho amarelado. 2. Matungo, cavalo ruim.
Parada, s. Importância em dinheiro pela qual se contrata uma corrida de cavalos ou uma rinha de galos. Valor da aposta. Uma jogada. // Um encontro entre adversários. // Fanfarrice, presunção, pedantismo, jactância, vanglória, gabolice, farroma, bravata, conversa fiada.
Parar rodeio, Reunir o gado no rodeio para marcar, castrar, examinar, etc.
Parelheiro, s. Cavalo preparado para a disputa de carreiras. Cavalo de corrida. (Deve provir de parelha, já que a maioria das corridas realizadas, anteriormente, no Rio Grande do Sul, eram apenas de dois cavalos).
Pastoreio, s. Lugar em que se pastoreia o gado. O gado submetido a pastoreio. Pastorejo. // Negro Pastoreio, imagem poética referente à lenda do Negrinho do Pastoreio (J. Simões Lopes Neto, Contos Gauchescos e Lendas do Sul).
Pealar, 1. Laçar um animal que está correndo pelas patas da frente. 2. Fig. Pegar alguém de surpresa.
Pealo de cucharra, Ato de arremesar a armada de laço de modo a colher o animal pelas patas dianteiras e derrubá-lo, para castrar, curar ou amansar. O pealo de cucharra se executa imprimindo à laçada uma ligeira torção que, à maneira de uma colher, apanhe as patas do animal pela frente.
Pelechar, v. Mudar o animal o pêlo, o que acontece, geralmente, no princípio do verão.
Peleia, s. Peleja, pugilato, contenda, briga, rusga, disputa, combate, luta entre forças beligerantes.
Perau, s. Despenhadeiro, itaimbé, precipício, declive áspero que dá para um rio.Pericon, s. Dança originária do pampa platino.
Pesqueiro, s. Lugar onde se costuma pescar.
Pingo, s. Cavalo bom, corredor, bonito, fogoso, vistoso, árdego.
Pitanga, Fruto da pitangueira.
Poncho, s. Espécie de capa de pano de lã, de forma retangular, ovalada ou redonda, com uma abertura no centro, por onde se enfia a cabeça. É o agasalho tradicional do gaúcho no campo. // O poncho é utilizado também como arma, pois, com ele, o gaúcho se protege nas brigas de ferro-branco, enrolando-o no braço ou jogando-o ao solo para, com um tirão, desequilibrar o adversário que nele pisar inadvertidamente.
Posteiro, s. Agregado de estância que mora geralmente nos limites do campo, o qual é incumbido de zelar pelas cercas, cuidar do gado, não permitir invasão de estranhos, ajudar nos rodeios e executar outras tarefas.
Prenda, s. Jóia, relíquia, presente de valor. // Em sentido figurado, moça gaúcha.
- Q -
Quadrilha, s. Contradança de salão, de origem francesa, muito em voga no século XIX, e de caráter alegre e movimentado, na qual tomam parte diversos pares. // A música que acompanha essa contradança.
Quebrar o cacho, expr. Atar a cola do cavalo, fazendo um tope.
Quebrar o queixo, expr. Dar tirões, puxando fortemente as rédeas, no queixo do potro que está sendo domado, para que fique doce de boca. O mesmo que quebrar a boca.
Querência, s. Lugar onde alguém nasceu, se criou ou se acostumou a viver, e ao qual procura voltar quando dele afastado. // Lugar onde habitualmente o gado pasta ou onde foi criado. //Pátria, pagos, torrão, rincão, lar (Etim.: É vocábulo castelhano; entretanto, há, em português, querença, com a mesma significação).
- R -
Ramada, s. Cobertura de ramas à frente dos ranchos, à sombra da qual descansam os campeiros nas horas de sol ardente. // Cobertura de tabuinhas, para dar sombra, semelhante à latada.
Rancho, s. Casebre de pau a pique, coberto de santa fé, com um couro como porta, onde moram peões ou gente pobre. Qualquer morada humilde. Palhoça, choupana.
Redomona, s. Feminino de redomão, cavalo novo que está sendo domado.
Relho, Chicote pequeno com cabo de madeira e couro torcido.
Repontar, 1. Começar a surgir, despontar. 2. Tocar o gado de um lugar a outro.
Restinga, Mata de árvores de pequeno porte à margem de rios, arroios ou sangas.
Retouçar, v. Faceirar, namorar, brincar. Retoçar.
Rincão, s. Ponta de campo cercada de rios, matos ou quaisquer acidentes naturais, onde se pode pôr os animais a pastarem em segurança. Lugar mais ou menos resguardado na campanha. Qualquer trecho de campo onde haja arroio, capões ou simples mancha de mato. // É sinônimo de pagos e de querência.
Rodeio, s. Lugar no campo de uma estância onde habitualmante se reúne o gado para contar, apartar, examinar, marcar, assinalar, castrar, vacinar, dar sal, curar bicheiras, etc. É também o conjunto de reses reunidas no rodeio. // Figuradamente, conjunto, grupo.
- S -
Salamanca, s. Salamandra. Furna encantada. A Salamanca do Jarau é uma bonita lenda do tempo das missões jesuíticas, descrita por J. Simões Lopes Neto em seu livro Contos Gauchesco e Lendas do Sul.
Sanga, s. Pequeno curso d’água, menor que um regato ou arroio. Ribeiro pequeno que seca facilmente. Escavação profunda feita por chuvas ou correntes subterrâneas de água. Lugar fundo e p

antanoso, desbarrancado pelas chuvas, com grandes poças d’água.

Saracura, Ave gruiforme, da família dos ralídeos.

Sesmeiro, s. Dono de sesmaria. (É palavra portuguesa em desuso nos outros Estados).

Sinuelo, s. Animal ou ponta de animais mansos ou habituados a serem conduzidos, utilizados para juntar aos xucros, com a finalidade de acalmá-los e levá-los, em sua companhia, para onde se deseje.

Sirigaita, Mulher assanhada, tagarela, escandalosa.

Sobreano, adj. Diz-se da rês com mais de um ano de idade e menos de dois.

Solito, adj. Isolado, sozinho, sem companhia.

Sorongo, s. Arrasta-pé, baile de baixa classe, caroço. O mesmo que surungo ou sorungo.

Sorra, s. Feminino de sorro, guaraxaim. O mesmo que zorro. // Adj. Em sentido figurado, manhoso, matreiro, dissimulado, astuto, matreiro. Sorro manso: Indivíduo falso, com aparência de bom, mas pérfido no fundo.
Sovéu, s. Corda de três tiras de couro, torcidas e não trançadas como o laço.

- T -

Tapera, s. Casa de campo, rancho, qualquer habitação abandonada, quase sempre em ruínas, com algumas paredes de pé e algum arvoredo velho. // Adj. Diz-se da morada deserta, inabitada, triste.

Taura, s. e adj. Diz-se de ou indivíduo valente, arrojado, destemido, valoroso, forte, guapo, resistente, enérgico, folgazão, expansivo, perito em algum assunto, que está sempre disposto a tudo.

Tava, s. O mesmo que jogo do osso. O osso com que se pratica esse jogo. Diz-se, também, taba.

Tchê, interj. Equivale a tu, aí ou tu simplesmente. Usa-se também como vocativo: "Como vai, tchê?"; para chamar a atenção: "Tchê!, que mulher bonita!". Pode indicar espanto ou zombaria. O mesmo que chê, ché e tiê.

Terneiro mamão, Bezerro, novilho. Filhote da vaca de mais de um ano que ainda mama.

Tirador, s. Espécie de avental de couro macio, ou pelego, que os laçadores usam pendente da cintura, do lado esquerdo, para proteger a roupa e o corpo do atrito do laço.

Tirana, s. Cantiga e dança popular, acompanhada de viola. Variedade do fandango.

Tirar talo, Tomar a dianteira sobre os adversários numa corrida de cavalos.

Tocar por diante, expr. Expulsar, enxotar, correr. // Conduzir, repontar, levar por diante.

Tordilho, Cavalo cujo pêlo lembra a plumagem do tordo (fundo branco encardido salpicado de pequenas manchas escuras).

Tranquear, v. Andar o cavalo em marcha natural, no tranco.

Tropeada, s. Ato de tropear. Caminhada com a tropa.

Tropeiro, s. Condutor de tropas, de gado, de éguas, de mulas, ou de cargueiros. Pessoa que se ocupa em comprar e vender tropas de gado, de éguas ou de mulas. Peão que ajuda a conduzir a tropa, que tem por profissão ajudar a conduzir tropas.

Trotear, Andar a trote.

Trova, Desafio em versos improvisados onde cada trovador tem que criar uma resposta a partir do último verso da estrofe do outro.

Truco, s. Jogo de baralho, entre dois ou quatro parceiros, cada um dos quais recebe três cartas. O mesmo que truque.

Tundo, Dou uma surra, bato.

- U -

Umbú, s. Árvore da família das Fitolacáceas, de grande tamanho, cujas raizes saem à flor da terra, muito copada, de folhagem espessa, que produz excelente sombra. É, como o pinheiro e a figueira, uma das árvores simbólicas do Rio Grande do Sul .

- Z -

Zaino, adj. Diz-se do animal cavalar ou muar de pêlo castanho escuro. Há as seguintes variedades: zaino-n

Pesquisado em:

http://kleitonekledir.uol.com.br/gloss.html







ARMAS DO GAÚCHO E FERRAMENTAS




Gaúchos eram simples as pessoas pobres; pilotos qualificados e manipuladores de gado, eles tinham e exigiu muito pouco equipamento. Entre as ferramentas do gaúcho e as armas foram os lazo (lariat) e bolas (uma arma atirando herdada dos índios). O hobbles foram outra humilde, mas importante ferramenta, que, usada para amarrar as patas dianteiras do cavalo do gaúcho, impediu a perda do cavalo no meio das grandes planícies solitárias. Um gaúcho sem cavalo, no meio daqueles grandes planícies, era um homem morto. Então, é claro, houve a faca, uma arma afiada e uma ferramenta multiuso usado quase em qualquer altura durante o dia do gaúcho. Gaúchos tinham acesso limitado às armas de fogo, que em nossos territórios eram reservados às classes altas ou quase exclusivamente militares. Por esta mesma razão, os gaúchos pareciam olhar para as armas de fogo com desdém e pouca confiança, preferindo armas afiadas sobre todos os outros tipos.


O gaúcho é o tipo característico da campanha. É o nome que se dá ao homem do campo na região dos pampas e, por extensão, aos nascidos no Rio Grande do Sul. O termo gaúcho passou a se generalizar a partir de 1800. Até então, os nascidos no nosso Estado eram chamados continentinos ou rio-grandenses.


O gaúcho surgiu da miscigenação entre o índio, o espanhol e o português, que viviam livres cuidando do gado no pampa gaúcho.


Por estar ligado ao campo, tornou-se hábil cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira. O gaúcho era livre, sem patrão e sem lei. Antigamente, os gaúchos não eram bem vistos, pois Inúmeros defeitos lhes eram apontados, tais como: ladrões, homens irresponsáveis, malandros, perturbadores da paz.

Em 1820, o francês Augusto Saint-Hilaire assim descreveu o gaúcho: "homem que vivia da carne, morava em ranchos, andava a cavalo e com os hábitos do chimarrão e do fumo. Os gaúchos eram homens de maus costumes, que viviam andando pelas fronteiras. Eram ainda os gaudérios, que andavam sós, sem chefes, sem leis, sem polícia, com idéias vulgares, gostavam de dinheiro para jogar corridas de cancha reta".

Com o estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, o gaúcho perdeu seus hábitos nômades. Integrado à sociedade rural como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias. O reconhecimento de sua habilidade de campeiro e de sua bravura na guerra fez com que o termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa.

Depois da Revolução Farroupilha, o gaúcho passou a ser considerado homem digno, bravo, destemido e patriota.

O gaúcho é definido pela literatura gaúcho, como um indivíduo machista, altivo, irreverente, guerreiro, legítimo, é o "centauro dos pampas. Entre nós, gaúcho é aquele que vive do trabalho pastoril, nas lides com gado.

O gaúcho de hoje é fruto da contribuição do índio, do negro, do português, do espanhol, do alemão, do italiano e tantos outros povos, que para cá vieram construir o Rio Grande com uma vida melhor. Por isso, aos poucos o termo gaúcho passou a identificar os filhos do Rio Grande do Sul. O adjetivo se estende ao que é referente a esses homens da vida pastoril, como vida gaúcha, dança gaúcha.

O povo gaúcho valoriza muito suas tradições, exalta a coragem e a bravura de seus antepassados, canta seu apego à terra, seu amor à liberdade, motivando assim o surgimento de uma literatura gauchesca.

O alimento predileto do gaúcho é o churrasco e o arroz-de-carreteiro. O chimarrão é a bebida preferida, chegando a ser o símbolo da hospitalidade e da amizade. Quando o gaúcho se veste com seus trajes típicos, diz-se que ele está pilchado.

Os gaúchos costumam reunir-se nos Centros de Tradições Gaúchas para cultuar, difundir e propagar a cultura gaúcha, entre as gerações.



Foto: Fernando Gomes - Texto extraído do site
http://www.mtg.org.br